Spotify fecha acordo com grandes gravadoras para desenvolver IA musical de forma “responsável”

O Spotify anunciou nesta semana uma parceria com algumas das principais detentoras de direitos da indústria fonográfica para criar produtos baseados em inteligência artificial (IA) que respeitem a legislação autoral. Fazem parte do acordo a Sony Music, a Universal Music Group, a Warner Music Group, a Merlin – especializada em licenciamento digital – e a francesa Believe, que controla diversos selos independentes.

De acordo com o serviço de streaming, o objetivo central é “empoderar artistas e compositores”, permitindo que obras já lançadas sejam utilizadas no treinamento de modelos de IA sem ferir direitos de propriedade intelectual. O entendimento prevê que titulares sejam compensados financeiramente e recebam os devidos créditos quando trechos ou elementos de suas músicas servirem de base para faixas geradas total ou parcialmente por inteligência artificial.

A iniciativa também contempla um mecanismo de escolha, pelo qual músicos, compositores, gravadoras ou administradores de catálogo poderão definir se suas criações poderão ser aproveitadas por ferramentas de IA. Caso concedam essa autorização, passarão a ter participação nos resultados do uso comercial das canções derivadas.

Laboratório dedicado à IA generativa

Para colocar o plano em prática, o Spotify informa que começou a estruturar um laboratório de pesquisa focado em IA generativa. Segundo a companhia, uma equipe exclusiva de produto trabalha no desenvolvimento de tecnologias que sigam os princípios anunciados e ofereçam “experiências inovadoras” tanto para os fãs quanto para os artistas que integram a plataforma.

A empresa não revelou detalhes sobre quais recursos chegarão primeiro ao aplicativo ou de que forma as novas ferramentas serão disponibilizadas ao público. Por enquanto, foram divulgados apenas os pilares do acordo: uso transparente de dados sonoros, remuneração proporcional aos criadores originais e possibilidade de controle por parte dos detentores de direitos.

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Imagem: Ap

Embora ainda não haja um cronograma oficial, a expectativa é que o entendimento abra espaço para maior circulação de faixas criadas com apoio de IA dentro do serviço. A parceria surge em meio a debates acalorados sobre a exploração de catálogos musicais para treinamento de algoritmos, prática que vinha gerando reclamações de artistas e entidades de gestão coletiva. Com as regras definidas, o Spotify e as gravadoras sinalizam a busca de um modelo que concilie inovação tecnológica e proteção ao trabalho autoral.

Com informações de Tecnoblog

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