Mantis Ventures capta US$ 100 milhões e amplia em 25% o tamanho de seu terceiro fundo

Mantis Ventures, gestora de venture capital criada pelos músicos Alex Pall e Drew Taggart, da dupla de música eletrônica The Chainsmokers, concluiu a captação de seu terceiro fundo com US$ 100 milhões em compromissos. O anúncio foi feito em 15 de julho de 2025, reforçando a estratégia do veículo de investir em empresas de tecnologia voltadas ao mercado corporativo.

O novo montante representa uma expansão de 25% em relação ao fundo anterior, que somou US$ 80 milhões. A elevação do tamanho do veículo chama atenção porque ocorre em um período em que diversas firmas de capital de risco enfrentam dificuldades para manter os níveis de captação obtidos em ciclos anteriores ou, até mesmo, para assegurar novos aportes. Ao atingir a marca de US$ 100 milhões, a Mantis demonstra capacidade de atrair investidores institucionais apesar do ambiente mais restritivo para alocação de recursos em venture capital.

A preferência da Mantis por empresas de software business-to-business (B2B) difere do padrão seguido por boa parte dos fundos comandados por personalidades públicas, tradicionalmente focados em marcas de consumo. Entre os investimentos já realizados estão a Chainguard, especializada em cibersegurança, e a Rogo, que desenvolve uma plataforma de análise financeira baseada em inteligência artificial. Em ambos os casos, a ligação direta com a base de fãs dos fundadores tem pouca influência sobre as métricas do negócio, evidenciando a ênfase em soluções dirigidas a clientes corporativos.

Mesmo atuando em setores onde, à primeira vista, a notoriedade artística não parece agregar valor comercial imediato, Pall e Taggart afirmam ter encontrado meios de converter a visibilidade conquistada nos palcos em vantagens competitivas para o portfólio. A dupla já realizou apresentações privadas para quase todas as empresas integrantes da lista Fortune 500. Desse relacionamento, nasceu uma rede de contatos que, segundo os fundadores, é utilizada para apresentar executivos e potenciais clientes às startups apoiadas pela gestora, facilitando processos de validação e aquisição de novos contratos.

O terceiro fundo sucede dois veículos anteriores: o inaugural, cujo valor não foi divulgado publicamente, e o segundo, fechado em US$ 80 milhões. Embora a Mantis não tenha detalhado a lista completa de cotistas, o aumento do capital comprometido sinaliza confiança continuada dos investidores na tese defendida pela gestora. A estratégia permanece centrada em rodadas seed e Série A, com o objetivo de participar ativamente da governança das empresas investidas e de contribuir com conexões comerciais obtidas ao longo da carreira musical dos sócios fundadores.

Com a nova captação, a Mantis planeja aprofundar seu foco em segmentos como cibersegurança, inteligência artificial aplicada a finanças e outras soluções corporativas de software. A gestora pretende distribuir o capital do fundo em participações minoritárias significativas, capazes de garantir presença relevante nos conselhos e expandir a rede de relacionamento das startups. O fechamento do veículo de US$ 100 milhões consolida a posição da Mantis entre os poucos fundos liderados por celebridades que conseguiram aumentar recursos em um mercado mais seletivo, reforçando o interesse dos investidores na intersecção entre entretenimento, tecnologia e inovação voltada ao ambiente empresarial.

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