O período promocional Prime Day, realizado de 8 a 11 de julho, gerou US$ 24,1 bilhões em compras online nos Estados Unidos, segundo levantamento da Adobe Analytics. O montante representa crescimento anual de 30,3% e equivale a duas edições de Black Friday; em 2024, a data de novembro registrou US$ 10,8 bilhões em vendas digitais.
A consultoria analisou mais de 1 trilhão de visitas a sites de varejo, envolvendo 100 milhões de SKUs em 18 categorias. O resultado superou a projeção inicial da própria Adobe, que estimava US$ 23,8 bilhões para o período.
IA generativa e novos canais de tráfego
O tráfego gerado por produtos de inteligência artificial generativa — como chatbots e navegadores com recursos de recomendação — saltou 3.300% em relação a 2023. Apesar do avanço, a participação desses recursos ainda é menor que a de canais consolidados, como e-mail e busca paga.
Durante o evento, a busca paga respondeu por 28,5% das vendas de e-commerce nos EUA, alta de 5,6% em termos anuais. Já influenciadores em redes sociais originaram 19,9% das transações, crescimento de 15%; a taxa de conversão desse grupo foi dez vezes superior à média geral das plataformas sociais.
Desempenho da Amazon e dinâmica de compras
A Amazon declarou apenas que teve a maior edição da história, sem divulgar números. Como a empresa ampliou o Prime Day de dois para quatro dias, comparações diretas com anos anteriores ficam limitadas.
Análise paralela da Momentum Commerce, citada pela Adweek, indica que as vendas nos dois primeiros dias caíram 35% ante 2023, mas subiram 165% no terceiro dia, sugerindo que consumidores aguardaram possíveis descontos maiores.
Categorias que mais cresceram
Entre as 18 áreas avaliadas, eletrodomésticos lideraram, com alta de 112% sobre a média diária de junho. Na sequência aparecem material de escritório (105%), eletrônicos (95%), livros (81%), ferramentas e melhoria do lar (76%), casa e jardim (58%) e itens para bebês (55%).
Embora menores que busca paga e influenciadores, os acessos via IA generativa ressaltam o interesse do consumidor por assistentes automatizados na jornada de compra, tendência que deve continuar a ser monitorada pelo varejo norte-americano.
